sábado, 31 de outubro de 2015

O PERIGO DO PODER SEM DOMÍNIO




“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra” (Gn.1.26).
Deus fez o homem para dominar. O problema começou quando o homem não dominou seu próprio desejo. 
Hoje, o ser humano domina desde as feras até as naves espaciais, mas muitos não dominam a si mesmos. Esta é a parte mais difícil.
“Como a cidade derrubada, sem muros, assim é o homem que não controla o seu espírito” (Pv.25.28). Quem não se controla não se protege.
Muitas vezes pensamos que somos capazes de dominar certas situações perigosas, mas o correto seria dominar a si mesmo, evitando participar delas.

O poder está no fazer. Domínio próprio é parar. 
Força é motor. Autocontrole é freio.   
Deus nunca nos mandou dominar Satanás, mas a nós mesmos. Assim evitaremos suas ciladas.
Temos pleno domínio antes do envolvimento com o pecado. Depois, somos dominados por ele. Essa mudança ocorre quando falamos, fazemos, aceitamos ou experimentamos o que não deveríamos. O que parece um ato sem compromisso pode tornar-se um eterno tormento. Assim começam os vícios e os envolvimentos indevidos.
Enquanto estamos calados, somos senhores dos nossos pensamentos. Depois que falamos, as palavras nos dominam, podendo até mudar o rumo das nossas vidas.
Quando Davi viu Batseba se lavando, ele ainda tinha o domínio de seus próprios atos. Depois que a possuiu, a situação tornou-se incontrolável como uma carreta sem freios na descida. Ele tomou uma série de providências para se livrar das consequências dos seus atos, mas não conseguiu. O rei não tinha poder? É claro que tinha. O que lhe faltou foi o domínio sobre os seus próprios desejos.
Sansão foi o personagem bíblico mais forte, mas mostrou-se fraco diante dos pecados sexuais. Por fim, a falta de controle sobre a língua custou-lhe os cabelos, a força, a liberdade, a visão, e a vida.
O fruto do Espírito e as obras da carne são opostos entre si (Gal.5.19-22). Assim como o amor resume bem o fruto, a falta do domínio próprio explica muitas daquelas obras pecaminosas listadas pelo apóstolo Paulo. A falta do auto-controle está relacionada à ira, glutonaria, bebedice, prostituição, pelejas, dissenções e homicídios. A mesma relação ocorre com algumas transgressões dos 10 mandamentos.
O fruto é do Espírito, mas o domínio é “próprio”. Deus dá ao cristão a capacidade de se controlar. O jejum é um exercício de auto-controle. Calar-se é também uma boa prática, principalmente quando sabemos que vamos ofender, mentir ou fazer compromissos precipitados.
Que Deus nos ajude a dominar nossas inclinações carnais com seus apetites e impulsos. Rendamo-nos ao senhorio de Cristo, pois a ele pertence todo poder e todo o domínio para sempre.
Pr. Anísio Renato de Andrade

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O ATLETA CRISTÃO




Todo aquele que quer ser um campeão precisa se abster de algumas coisas, ainda que sejam lícitas. O que é ilícito então, nem se fala. Caso contrário, antes mesmo de ser derrotado, já estará desqualificado.
Alguns vícios, como drogas, fumo e álcool, e certas atividades que demandam muita energia são incompatíveis com a prática esportiva, pois podem debilitar o corpo e a mente. 
Mas nem só de abstinência se faz um vencedor. O atleta precisa se alimentar adequadamente e dormir bem, evitando todo tipo de excesso. Além disso, deve dedicar-se a uma rotina de exercícios pesados que não apresentam resultados imediatos, mas são indispensáveis ao bom desempenho nas competições. Uma dedicação esporádica, rápida, leve e sem compromisso não o levará a lugar algum.
Sua boa forma física, seu peso e sua saúde são fatores fundamentais para o seu sucesso.
O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, na Grécia, onde já aconteciam os jogos olímpicos. Ele comparou o cristão ao atleta, dizendo:
"Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível" (1Co.9.24-25).
Quando se tem um objetivo a alcançar, muitas coisas precisam ficar para trás. Não podemos ter ou fazer tudo ao mesmo tempo. Se alguém quer servir a Cristo, deve abandonar Mamom. Se somos amigos de Deus, não podemos ser amigos dos prazeres pecaminosos.
Tudo isso pode ser resumido em duas palavras: renúncia e disciplina.
Precisamos também resistir ao desânimo e às palavras negativas daqueles que nos querem fazer desistir.
O cristão também tem exercícios espirituais a realizar, tais como o jejum, a oração e  a dedicação à palavra de Deus.
O jejum é um exercício de domínio próprio e combate à glutonaria.
A oferta é um exercício de generosidade e combate à avareza.
A leitura bíblica é o exercício do conhecimento e combate à ignorância.
Nosso alvo espiritual não é conseguir casa, carro, emprego, casamento e dinheiro, mas sim cumprir o propósito do Senhor em nossas vidas, em santificação e serviço.
O esforço pode ser grande, mas o prêmio é maior. O resultado será a vitória. A bíblia diz que Deus tem um galardão para nós, uma recompensa na glória celestial. O Senhor Jesus é o nosso principal exemplo. Quando ele esteve aqui na terra, viveu em disciplina e renúncia para que a vontade do Pai fosse realizada.
"Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta; olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus" (Heb.12.1-2).

Depois, olharemos para trás com a certeza de que tudo valeu a pena, valeu demais.

            Pr. Anísio Renato de Andrade

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

ANIMAIS PUROS E ANIMAIS IMUNDOS




Regras alimentares mosaicas e suas lições espirituais.

Logo que o homem foi criado, Deus só lhe permitiu comer alimentos de origem vegetal (Gn.1.29). A restrição talvez fosse para proteger os animais até que se multiplicassem. Por outro lado, não faria sentido o sofrimento daquelas criaturas antes do pecado.
Depois do dilúvio, Deus permitiu o consumo de carne (Gn.9.3). A regra mudou de acordo com o propósito divino em cada época. O mesmo ocorreu entre o Antigo e o Novo Testamento.
No livro de Levítico, capítulo 11, encontramos uma lei especial para Israel, determinando os animais que serviriam ou não para se comer. A pureza ou a imundícia de um animal estava relacionada, geralmente, ao tipo de alimento que ele comia. Os animais herbívoros eram puros; os carnívoros, principalmente os de rapina, eram imundos.
Esta é uma caracterização das aves e dos animais da terra firme, mas  havia outros fatores em relação aos seres aquáticos e insetos.
Aquela legislação poderia parecer opressora, mas, de fato, tinha o objetivo de proteger a saúde dos israelitas, evitando contaminações, doenças, epidemias e o possível extermínio do povo de Deus. Além disso, só os animais puros serviriam para o sacrifício.
Nós, que não somos judeus, não estamos sujeitos àquelas leis. Paulo instruiu os coríntios a comerem todo tipo de carne encontrada no açougue (ICo.10.25).
Entretanto, a lei de Moisés é palavra de Deus para nós e continua sendo útil para nos ensinar profundas lições espirituais. As regras alimentares devem ser vistas dentro do principal tema de Levítico, que é a santificação. A questão dos animais puros ou imundos nos deve fazer refletir sobre coisas santas e profanas, sobre a santidade e o pecado.  É preciso observar a diferença entre a sujeira e a pureza, entre as trevas e a luz, entre o ímpio e o justo (Lv.10.10; Ez.44.23. Mal.3.18). 
O israelita poderia querer comer de todos os animais que encontrasse, mas a lei determinou limites e parâmetros. Devemos aceitar o "sim" o "não" de Deus em todas as áreas das nossas vidas. Nem tudo será aceitável diante dele.
Quais seriam os critérios para definir se um animal era próprio ou impróprio para o consumo humano? A fome é a regra? O desejo, o apetite, a necessidade? Seria a aparência do animal? Seria uma questão de experimentar para decidir? Então, o sabor era o fator determinante? Não. Nem tudo que é gostoso é bom.
Quais são os critérios que utilizamos para fazer nossas escolhas na vida? Por trás de uma boa aparência pode haver contaminações invisíveis e perigosas.  Deus estabeleceu leis para que os israelitas sequer experimentassem certos alimentos pois, uma vez instalada, a contaminação é difícil de ser removida.
Deus determinou as regras, mas não deu explicações científicas. Ele tem motivos suficientes para as proibições morais e espirituais que nos ordenou, ainda que não compreendamos. Não devemos questionar, mas obedecer.  Não adianta inventar escapes. Não adiantaria lavar o animal imundo. A impureza não é superficial. A porca lavada volta ao lamaçal (2Pd.2.22). Não podemos tornar lícito o que Deus proibiu. Não adiantaria argumentar que todos os animais foram criados por Deus. É claro que foram, mas muitos deles têm outros propósitos e não foram feitos para a nossa alimentação. O camelo é para o transporte. O cão para a segurança. O urubu para a faxina ambiental.
Em tudo isso, o mais importante não são as questões alimentares, mas os princípios espirituais que devem reger as nossas vidas, de modo que não nos contaminemos com as coisas que Deus proibiu. Que o desejo, a aparência e o sabor não sejam os parâmetros que determinam os rumos da nossa existência. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Pr. Anísio Renato de Andrade

O POÇO E A FONTE




A mulher samaritana foi buscar água e encontrou Jesus. Momentos de necessidade podem ser oportunidades de experiências com Deus. O texto de João 4 fala sobre três tipos de sede, física, emocional e espiritual, relacionadas às três partes integrantes do homem: corpo, alma e espírito. A mulher buscava satisfação na água do poço, em vários relacionamentos conjugais e numa forma religiosa de adoração, até encontrar a fonte de água viva: Jesus.
Apesar do problema conjugal da samaritana, Jesus não transformou aquele encontro num momento de aconselhamento sentimental.
Não podemos negar nossas necessidades físicas e emocionais, mas a fonte da nossa felicidade é o Senhor Jesus. A verdadeira alegria não vem das coisas materiais. É possível ser feliz andando de ônibus e estar deprimido no jatinho particular, mas com Jesus somos sempre felizes, quer sejamos solteiros ou casados, empregados ou patrões, ricos ou pobres.
Passando pelo assunto da água e dos maridos, Jesus conduziu a conversa para o tema mais importante: a espiritualidade, o relacionamento com Deus. O resto seria consequência.
A religião nos faz preocupados com lugares sagrados, objetos e aspectos formais do culto, mas a espiritualidade relaciona-se à essência, ao contato com o Pai, em espírito e em verdade. Religiosidade é uma lâmpada. Espiritualidade é luz. Religião produz muito trabalho, semelhante ao esforço para tirar água do poço. A verdadeira espiritualidade produz santidade, um modo de vida agradável a Deus, fazendo sua água viva saltar do nosso interior.
A verdadeira vida espiritual está vinculada ao conhecimento da pessoa de Jesus. Em pouco tempo, aquela mulher passou por vários estágios de conhecimento:
1-Começou reconhecendo que Jesus era um judeu (v.7).
2-Desconfiou que ele pudesse ser maior do que o patriarca Jacó (v.12).
3-Disse que Jesus era profeta (v.19).
4-Creu que ele é o Cristo, o salvador prometido (v.25,29).
Buscamos satisfação em tantos poços, mas Jesus é a fonte da água viva. Se já o conhecemos, mas ainda nos sentimos espiritualmente fracos, é porque talvez não estejamos bebendo da água que ele nos oferece. A fonte é inesgotável. Se não estamos saciados, o problema não está na fonte, mas no recipiente. A água flui em quantidade suficiente para encher um copo, uma jarra, um balde, um barril, um caminhão pipa ou uma fila deles. A intensidade da nossa busca determina o quanto receberemos. Busque ao Senhor por meio da oração, do jejum e da leitura bíblica. Precisamos buscá-lo não apenas para saciar a nossa sede  e suprir nossas necessidades, mas para sermos lavados, purificados. O propósito de Deus é que sejamos cheios da água viva, cheios da sua palavra e do seu Espírito Santo. Em seguida, virá o transbordamento, ou seja, seremos canais da graça e da unção do Senhor para abençoar outras pessoas. A água viva que Jesus nos dá torna-se um rio que flui. Poços podem ser entulhados, mas nada pode deter um rio. Assim, o poder do Senhor fluiu através da samaritana que, deixando o cântaro, foi pregar na cidade. Deste modo, o cristão torna-se uma influência transformadora para sua comunidade, povo e nação.                                   
Pr. Anísio Renato de Andrade

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

FÉ, ATITUDE E AÇÃO




Muitos se gloriam de terem uma grande fé, mas será que isso é tudo? É como se orgulhar de ter muito dinheiro sem que se faça bom uso dele. A fé não é o fim do caminho, mas apenas o início. Em Hebreus 11, temos uma lista de pessoas que se destacaram por sua fé. É importante crer, pois "sem fé é impossível agradar a Deus" (Heb.11.6). Contudo, existem naquele capítulo outros elementos indispensáveis.  Uma fé sadia é produzida pela palavra de Deus (Heb.11.3; Rm.10.17).  Ela é amparada e garantida pelo que Deus falou, seja em forma de aviso, chamado ou promessa (Heb.11.7,8,9). Além disso, a fé precisa ser bem direcionada como uma flecha que busca o alvo certo. Uma fé sem rumo, uma crença no acaso ou em falsos deuses, trará grandes decepções.
Nossa fé deve estar depositada em Deus e em Jesus Cristo. Ele mesmo disse: "Credes em Deus; crede também em mim" (João 14.1). A fé deve ser acompanhada do compromisso com Deus e da fidelidade a ele. Além de crermos até o fim, é necessário que sejamos fiéis até a morte (Ap.2.10).  Se o crente for infiel, sua fé poderá ser inútil.
Aqueles homens listados em Hebreus não tinham apenas fé, mas ela era o princípio fundamental em suas vidas, como a pedra principal de um alicerce. Temos ali diversas atitudes e ações que acompanharam a fé, combinando bem com a afirmação de Tiago: "A fé sem obras é morta" (Tg.2.26).
Abel creu e ofereceu o sacrifício.
Noé creu e construiu a arca.
Abraão creu e saiu da sua terra. Mais tarde, pela mesma fé, o patriarca se dispôs a oferecer Isaque sobre o altar.
Isaque creu e abençoou Jacó.
Jacó creu e abençoou seus filhos e adorou a Deus.
Moisés creu e renunciou aos tesouros e à glória do Egito.
Os israelitas creram e andaram em volta de Jericó durante sete dias. 
Raabe creu e acolheu os espias.
Vemos, portanto, que a fé sempre está relacionada a outras virtudes e, sobretudo, à ação. É importante orar, desde que não nos esqueçamos de agir, quando for o caso. A palavra de Deus não nos ensina uma fé passiva, mas uma crença que produz obediência à vontade do Pai. Isso pode significar, não apenas ganhos, mas também perdas. Ganhar pela fé é fácil. Difícil é renunciar.
O capítulo 11 de Hebreus poderia dizer que Deus fez tudo por causa da fé daqueles personagens, mas o texto fala muito do que eles mesmos fizeram, enfrentando trabalhos árduos e missões difíceis.  Enfim, a ação divina também se fez evidente, resolvendo o que não era possível aos homens.
A galeria dos herois da fé nos mostra uma série de experiências relacionadas a situações difíceis. É uma relação de desafios enfrentados pela fé. Quem teve vida fácil ficou fora da lista.
Muitos daqueles servos de Deus salvaram suas vidas pela fé, mas outros, pela mesma fé, foram martirizados. Isto nos mostra que o resultado principal do nosso relacionamento com Deus não se encontra neste mundo, mas na glória celestial.
Apesar de tudo, o capítulo 11 de Hebreus nos apresenta uma galeria de vencedores, cujo testemunho deve servir de exemplo para nós, de modo que tenhamos fé, atitude e ação em nossa caminhada com Cristo.                                              

            Pr. Anísio Renato de Andrade 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O DIA DEPOIS DO FIM




"Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa" (Heb.10.36).

No Egito, quando Faraó mandou que os meninos judeus fossem mortos, Joquebede e Anrão esconderam Moisés durante 3 meses. Certamente, clamaram ao Senhor por uma saída, mas, ao final desse tempo, nada mudou. As ameaças continuavam reais. O que fazer? Colocaram o filho no rio, com todo cuidado. Não o jogaram. Não desistiram da vida. Seria o fim para Moisés?  Aos olhos humanos, parecia que sim, mas o rio era o caminho do palácio. Pouco tempo depois, o bebê voltou para casa e a mãe passou a receber salário para cuidar dele. Aquele foi um maravilhoso exemplo de restituição.

No tempo de Ester, os judeus foram condenados por motivo fútil, pela vaidade de Hamã. A condenação foi assinada pelo rei Assuero e não podia ser revogada. Portanto, a morte era certa. Parecia o fim, mas, apesar do cenário desolador, Ester buscou ao Senhor e falou com o rei. Um novo decreto foi emitido dando aos judeus o direito de se defenderem. Houve então um grande livramento. O dia de tristeza transformou-se em festa.

Marta e Maria eram amigas de Jesus, mas, quando seu irmão Lázaro adoeceu, o Mestre não foi visitá-lo. Lázaro morreu e Jesus não chegou para o sepultamento. Parecia o fim. É possível que elas tenham ficado decepcionadas com Jesus. Depois de quatro dias, ele chegou, muito atrasado, diriam alguns, mas seu propósito era maior do que todas as expectativas. Lázaro ressuscitou e todos glorificaram a Deus.

O próprio Jesus é o nosso maior exemplo de esperança.  Seus ensinamentos e milagres o colocaram em evidência. Ele poderia ter tido uma carreira de sucesso como rabino ou até mesmo como rei de Israel, mas os fatos tomaram outro rumo.
Jesus foi perseguido, mas não reagiu.
Sendo preso, não fugiu. 
Condenado, não se livrou.
Crucificado, não desceu da cruz.
Enfim, o Mestre morreu.
Aquele parecia o seu fim, mas Jesus ressuscitou, subiu ao céu e, em breve, voltará em glória.

Quando tudo parece acabado, Deus pode nos garantir um recomeço.
Temos necessidades, expectativas, desejos e imaginamos um prazo para as nossas realizações, mas Deus tem o seu tempo e o seu modo. Nem sempre o Senhor age como gostaríamos. Pode ser que nem tudo dê certo agora, mas o evangelho nos anuncia a vida eterna na presença do Pai, onde nada dará errado.  Depois do fim, o milagre é maior. Sempre há esperança para quem crê em Deus.
Quando acabar a pista, estaremos voando.

Pr. Anísio Renato de Andrade.