sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O SENTIDO DO NATAL
Pr. Anísio Renato de Andrade

Todos sabem que, no natal, comemora-se o nascimento de Jesus Cristo. Mas, quem é Jesus e para que ele nasceu? Na Bíblia estão as palavras do apostolo Paulo que disse: "Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." (I Timóteo 1.15)

Que Jesus veio ao mundo, ninguém duvida. A própria historia geral cita esse fato. Alias, todos os outros fatos históricos ficaram divididos entre antes e depois de Cristo. Ele se tornou um ponto de referencia universal. Quanto a veracidade de sua existência, existe comum acordo. Mas, quanto ao propósito da sua vinda, começam as polemicas, que se originam em meras opiniões humanas. O que o texto bíblico diz é que Jesus veio para salvar os pecadores. Ele não veio fundar uma nova religião, nem criar uma nova linha de pensamento filosofico. Ele veio salvar os pecadores. O que é salvação? Libertação e livramento. Libertação no sentido presente: Quando alguém se entrega a Cristo, ele o liberta dos vícios, das angustias existenciais, da infelicidade, e das opressões espirituais. A salvação é também livramento no sentido futuro. Os que aceitam a Cristo ficam livres da condenação eterna que sobre eles recairia no juízo final.

O apostolo Paulo termina a frase com as palavras : "dos quais eu sou o principal". Ele disse que a salvação era para os pecadores e que ele se considerava o principal deles. Isto é reconhecimento do estado pecaminoso. A parte de Deus na obra da salvação foi enviar Jesus para morrer em nosso lugar, recebendo sobre si o castigo que seria nosso. A nossa parte é reconhecer que somos pecadores e que precisamos do perdão que Cristo oferece. Jesus é o medico espiritual que atende com amor a todos os que reconhecem a doença do pecado. Ele ama a todos e diz "Vinde a mim todos vos que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei." (Mateus 11.28) 

Reconheçamos pois nossa situação e oremos : "Senhor Jesus, sou pecador. Estou perdido e condenado. Preciso de ti. Eu creio que tu morreste em meu lugar. Tu assumiste a minha culpa e o castigo que seria meu. Agora, eu te aceito como meu Senhor e suficiente Salvador. Entrego a ti a minha vida e tudo que sou. Perdoa todos os meus pecados e ajuda-me a evita-los. Transforma-me para que eu possa viver para a tua honra e morar contigo na eternidade. Amem." Você pode falar com Cristo agora mesmo onde você estiver. Se você o fizer com fé e com um sincero desejo de ter uma experiência real com ele, sua vida será transformada.

Só assim você poderá ter um FELIZ NATAL, pois, dessa forma, o nascimento de Jesus fará diferença para a sua vida, como fez para mim e para milhares de pessoas em todo o mundo.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013



CRISTIANISMO EM TRÊS NÍVEIS

Qual é a sua relação com o cristianismo? Você o estuda, pratica ou vive?  Talvez faça as  três coisas ou duas delas ou apenas uma.  Refiro-me às dimensões do conhecimento, da religiosidade e da espiritualidade.

O NÍVEL DA LETRA

O principal objeto material do cristianismo é um livro: a bíblia. Sendo assim, ele é passível de leitura, estudo, análise e interpretação, produzindo valioso conhecimento. Entretanto, este nível ainda não é o cristianismo propriamente dito, senão apenas a teoria a seu respeito. É muito comum que se conheça um livro sem se conhecer o autor. Alguém pode estudar e conhecer muito bem a fórmula do chocolate, mas fabricá-lo é outra coisa e comê-lo seria uma terceira. O conhecimento teórico é importante, mas não pode ser tratado e valorizado como um fim em si mesmo. Por outro lado, a produção (que requer o conhecimento) pode ocorrer apenas para o benefício alheio ou até para a perda. O consumo é o que proporcionará acesso ao sabor e à nutrição.

O NÍVEL DA RELIGIOSIDADE

A fé muitas vezes se manifesta através de orações, jejuns, cânticos, ofertas e pregações, mas tudo isso pode ser feito sem fé. Logo, essas ações não são a espiritualidade em si. A prática religiosa não deve ser confundida com a vida cristã. É possível fazer sem ser ou ainda ser sem fazer, embora este último caso seja menos provável. O que quero dizer é que, embora uma árvore seja reconhecida pelos seus frutos, a ausência dos mesmos não significa que ela tenha deixado de ser uma árvore frutífera ou que esteja morta. O excesso de atividade ou obra não é prova de espiritualidade.  Existem movimentos mecânicos que imitam a vida, mas não a possuem,  ao mesmo tempo em que um ser vivo pode estar inativo. Não pretendo incentivar a inércia, mas apenas fazer diferença entre esses elementos.

A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE

A experiência espiritual legítima é o real contato com Deus, o qual produz, invariavelmente, efeitos na vida do indivíduo. É mais que conhecimento teórico, embora não o desvalorize. Está acima da prática religiosa, mas não a destrói. É também o firme compromisso com Cristo, que repercute em todos os aspectos da vida. A religiosidade nos ocupa em certos dias e horários, mas a verdadeira espiritualidade é um constante modo de vida com o propósito de agradar a Deus. A religião nos dá rótulos. A espiritualidade nos dá conteúdo. Em João 3, temos o exemplo de Nicodemos, um homem conhecedor da letra e praticante da religião. Em João 4, lemos sobre a mulher samaritana, uma religiosa com vida irregular.  A proposta de Jesus para ambos foi no sentido de conduzi-los à verdadeira espiritualidade.
A prática religiosa é trabalho e nos faz sentir como servos de Deus. Isso é bom, mas a espiritualidade nos identifica como filhos que conhecem o Pai e vivem para agradá-lo.

Pr. Anísio Renato de Andrade