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O VOTO NA BÍBLIA
Embora a palavra apareça nas Escrituras no sentido de
eleição ou decisão (At.1.26; 26.10), o significado mais comum do voto é o de
uma promessa solene. Hoje em dia,
costuma-se falar em "propósito", talvez com o mesmo sentido, mas isto
só é verdade se a pessoa faz uma promessa a Deus em oração, dizendo:
"Farei tal coisa" ou "prometo tal coisa". Propósito sem oração não tem valor
espiritual.
O objeto da promessa é livre, mas não vale prometer o
inexequível, o que não me pertence ou o
que foi proibido. Não adianta dizer: "Prometo que darei o carro da minha
mãe como oferta" ou "Prometo que nunca vou matar ninguém". Isso
não é mais do que a minha obrigação. Por exemplo, dinheiro de prostituição não
deve ser apresentado diante do Senhor sob qualquer pretexto (Dt.23.18).
O primeiro exemplo de voto está em Gênesis 28.20-22: "E
Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem
que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; e eu em paz tornar à
casa de meu pai, o Senhor me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por
coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o
dízimo".
A hora do aperto
muitas vezes se transforma na hora do voto (1Sm.1.11,21). Depois, o próprio
Deus mencionou o voto de Jacó em Gn.31.13, ou seja, o Senhor estava atento e,
obviamente, não se esqueceu da promessa. O pedido de Jacó era coerente com o
propósito de Deus. Por isso foi atendido. É provável que todas aquelas bênçãos
viriam sem o voto, pois o Senhor já tinha propósitos na vida de Jacó e as
promessas feitas a Abraão não seriam anuladas.
Mais tarde, os
votos foram regulamentados pela lei de Moisés, mostrando o que seria ou não
aceito e como fazer (Lv.7.16; 22.21-23; 27.2-8; Num.15.3,8; 21.2). Normalmente,
os israelitas prometiam o sacrifício de um animal como oferta ao Senhor. Um
caso excepcional foi o de Jefté, que prometeu sacrificar o que saísse de sua
casa quando ele voltasse da guerra. Saiu a filha e foi sacrificada. Foi um voto
absurdo, feito numa época em que muitos absurdos aconteceram em Israel por
falta de uma liderança nacional definida (Jz.11.30-39). Quando se reconhece que o voto está errado,
o melhor a se fazer é o seu cancelamento mediante oração, com o devido pedido
de perdão. Será que a vitória de Jefté dependia daquele voto? Creio que não,
pois Deus tinha um compromisso com a nação de Israel, independente do voto.
Outros juízes foram vitoriosos sem que tenham feito qualquer promessa.
O cancelamento de
voto é previsto nas Escrituras. Se uma mulher fizesse uma promessa ao Senhor e
isso chegasse ao conhecimento do pai ou do marido e ele não estivesse de
acordo, o voto seria declarado nulo diante de Deus (Num.30.1-14).
Um tipo especial de
voto era do nazireado, no qual os pais consagravam os filhos (Jz.13.5) ou a
própria pessoa se consagrava ao Senhor durante um tempo ou definitivamente
(Num.6.1-21). O nazireu tinha obrigações definidas na lei de Moisés: não
poderia tomar bebidas fortes, nem consumir uvas e seus derivados, nem cortar os
cabelos nem tocar em cadáveres. Em "compensação", tinham uma unção
sobrenatural. Esse tipo de voto era um "pacote" de obrigações
pré-definidas. Nos casos de Sansão e
João Batista, o nazireado foi determinado pelo próprio Deus (Jz.13.5; Lc.1.15).
Aqueles homens precisavam ser especialmente consagrados porque suas missões
eram especiais.
O voto não deve ser feito como uma tentativa de troca ou
negócio com Deus, mas como forma de dedicação especial, súplica em face da
necessidade urgente ou demonstração de gratidão. Certamente, a intenção do
coração será o mais importante, pois Deus não precisa de nada que possamos
oferecer. Não devemos pensar que possamos convencê-lo a fazer ou dar-nos algo
pelo fato de lhe prometermos uma oferta. Não é possível subornar Deus. Contudo,
um coração contrito ou grato é o que toca o coração do Pai (Salmo 51.17).
Alguns votos estão relacionados a bênçãos ou unções
especiais. Contudo, é melhor deixar que Deus escolha a bênção, caso ela venha a
acontecer, pois ele é soberano e não se obriga pelas nossas ações. Sansão vivia sob o voto do nazireado.
Contudo, sua força foi uma característica determinada por Deus e não por ele
mesmo.
Não devemos usar o voto como ferramenta da nossa própria
cobiça para obter coisas materiais. O voto de Jacó envolvia coisas materiais,
mas ele se encontrava em grande aperto e necessidade. Não foi para alcançar
coisas supérfluas que atendessem à sua vaidade pessoal.
O jejum é um tipo de voto, desde que tenha sido iniciado com
uma oração envolvendo uma promessa de abstinência durante determinado tempo.
Uma questão muito importante a ser destacada é a seriedade
do voto, como está escrito:
"Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou
fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra:
segundo tudo o que saiu da sua boca, fará" (Num.30.2).
"Quando fizeres algum voto ao Senhor teu
Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o Senhor teu Deus certamente o
requererá de ti, e em ti haverá pecado" (Dt.23.21).
"Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em
cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que
não votes do que votares e não cumprires. Não consintas que a tua boca faça
pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão se
iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos? Porque, como
na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu
teme a Deus." (Ec.5.4-7).
"Laço é para o homem apropriar-se do que é santo, e só
refletir depois de feitos os votos" (Pv.20.25).
Não podemos fazer voto de tolo. Se é importante que um homem
cumpra a sua palavra diante de outro homem, quanto mais diante de Deus? Ninguém
é obrigado a fazer um voto, mas, uma vez que foi feito, deve ser cumprido,
guardadas as exceções já mencionadas. O não cumprimento configura pecado de
mentira contra Deus e pode trazer consequências ruins.
Devemos evitar a banalização do voto. É melhor que não seja
feito. Um voto é um compromisso extraordinário com Deus. Quebrá-lo é um pecado
grave, embora não seja imperdoável.
Devemos tomar cuidado com votos feitos por ordem de qualquer
pessoa. Se você fizer o voto, deverá cumpri-lo. Portanto, pense bem, antes de
se comprometer. Não levante a mão levianamente prometendo ofertas ou jejuns que
não estão ao seu alcance. Não prometa valores que você não tem, a não ser que
você diga claramente que o cumprimento está condicionado à aquisição dos
recursos. Nenhum líder deve conduzir seus liderados a fazerem promessas ao
Senhor. Se alguma sugestão for feita neste sentido, também devem ser anunciados
os riscos e a seriedade do voto.
Ninguém deve ser obrigado a fazer votos. Não sejamos irresponsáveis com coisas tão
sérias.
Nunca use um voto como forma de compensação por um pecado.
Nada substitui uma vida de obediência a Deus. Ele não quer jejum ou ofertas de
ímpios ou de crentes rebeldes.
Muitos dos textos aqui citados estão no Antigo Testamento,
mas os votos aparecem também no Novo Testamento (At.18.18; 21.23). Certamente,
muita coisa mudou na Nova Aliança, exceto a seriedade da nossa relação com
Deus. Hoje, não vamos prometer animais
para o sacrifício nem faremos votos de nazireus. Contudo, podemos fazer
promessas ao Senhor, se assim desejarmos, com responsabilidade e bom senso. Se
prometemos, devemos cumprir. Afinal, não queremos também que ele cumpra suas
promessas em nossas vidas?
Pr. Anísio Renato de Andrade
Grata pelos esclarecimentos, pastor.
ResponderExcluirMuito esclarecedor .Deus abençoe
ResponderExcluirÓtimo texto, ficou bem claro.
ResponderExcluirJesus continue lhe abençoando varão
ResponderExcluirE sobre correntes, campanhas???
ResponderExcluirE sobre correntes / campanhas no novo testamento, ou seja, na graça, não na lei.. ???
ResponderExcluirPastor estou passando nessecidasde sou dizimista fiel ,mas eu abri mão do serviço para servir a Deus busca a glória dê Deus ,pois eu Tava vivendo para o homem ou seja eu deixei de ir praticamente pra igreja e me dedicar ao trabalho,e as coisas dê Deus foi ficando dê lado demorou muito tempos ,pois na impresa onde eu trabalhava ,foi tirada a minha privacidade de está com minha vida envolvida na presença de Deus,mas chegou um tempo q eu larguei do trabalho pra buscar a presença de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos seram acrecentada eu Moro dê aluguel, não tem casa própria ,eu quero fazer um voto cm Deus em questão dá minha vida financeira,eu n aguento mais Mora dê aluguel e viver morando no quê é dos outros me Jude com um conselho pois n sei oq eu faço mais
ResponderExcluirAdilson Barbosa dos santos: Leia Genesis 3.19
ExcluirHoje nós temos nosso pai pra nós ajuda,nos devemos busca a Deus continuavel é o que nos pracisa o senhor já saber nós não precisa pendi porque ele é um Deus que ver tudo,nossa obrigação é ter fé busca, e deixa que Jesus cristo tomar conta de nos todos, AMÉM.
ExcluirAdilson, como ta sua situação nos dias de hoje; fez o voto com Deus ?
ExcluirObrigada
ResponderExcluirQUERO fazer um voto, pra passar na experiência do serviço, e ficar na empresa em que trabalho.
ResponderExcluirMelhor obedecer do que sacrificar, devemos guardar na mente e obedecer *todos* os mandamentos de Deus e concederá todos os desejos do nosso coração segundo a palavra dele.
ResponderExcluirObrigada irmao
ResponderExcluirBoa tarde, gostaria de saber se um voto à Deus deve ser cumprido antes ou depois da bênção recebida, obrigado
ResponderExcluirGostaria de saber se um voto à Deus deve ser cumprido antes ou depois da bênção recebida, obrigado
ResponderExcluirGostaria de saber se um voto à Deus deve ser cumprido antes ou depois da bênção recebida, obrigado
ResponderExcluirNão se faz voto pra conseguir uma bênção. Se feito antes, com objetivo de ganhar algo, você esta realizando uma barganha com Deus. Se feito depois, pode ser realizado sem que você faça a "chantagem" de só fazer se for abençoado. No entendimento de que Deus está cuidando de tudo e entendendo que a vontade d'Ele prevalece além da sua vontade e é feito em sinal de agradecimento. Depende da motivação do seu coração, ore e peça direcionamento à Deus sobre seu caso.
ExcluirTexto muito esclaredor. Obrigado.
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