sexta-feira, 19 de novembro de 2021

DOCES PALAVRAS




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DOCES PALAVRAS

As palavras podem ser doces ou amargas. Pensando objetivamente, podemos questionar: estamos falando de audição ou paladar? De fato, trata-se de uma mistura intencional de sentidos que, na gramática, recebe o nome de sinestesia. A bíblia também usa essa figura de linguagem, conforme está escrito:

“Porventura o ouvido não prova as palavras, como o paladar prova o alimento”? (Jó 12.11).
Assim, o recurso é aplicado em diversos versículos:
“As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos” (Pv.16.24).
“Faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa” (Ct.2.14).
"O seu falar é muitíssimo doce; sim, ele é totalmente desejável" (Ct.5.16).
Palavras doces têm o objetivo de agradar e podem ser produzidas pelo amor. Entretanto, podem também servir a propósitos escusos como a fofoca:
“As palavras do mexeriqueiro são como doces bocados; elas descem ao íntimo do ventre” Pv.18.8 .
Tais palavras podem ainda ser usadas como armas de conquista e sedução em situações de engano para se obter vantagem indevida e conduzir ao pecado:
“Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite, mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes. Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno” (Pv.5.3-5).
“Assim, o seduziu com palavras muito suaves e o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios. E ele logo a segue, como o boi que vai para o matadouro, e como vai o insensato para o castigo das prisões; Até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que está armado contra a sua vida” (Pv.7.21-23).
Depois das palavras doces pode vir a amargura da alma.
Não se deixe iludir com palavras bonitas, elogios, promessas ou declarações de amor. Tudo isso pode ser verdadeiro e bom, mas precisamos ver além das palavras, procurando perceber as intenções, interesses e ações. Para tanto, devemos permitir a prova do tempo, não tomando decisões precipitadas nem realizando entregas impensadas.
Noutro contexto, a bíblia diz que a palavra de Deus também é doce, mas nela não existe engano nem maldade.
“Oh quão doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca” (Salmos 119.103).
O verdadeiro filho de Deus tem prazer em ler, ouvir e conhecer a palavra do Pai.
Todavia, a bíblia não esconde que essa palavra pode ser doce ao paladar, mas amarga ao ventre:
“Então abri a minha boca, e ele me deu a comer o livro. E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste livro que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce como o mel” (Ez.3.2-3).
“E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo” (Ap.10.10).
Devemos nos alimentar da palavra de Deus, sabendo que a sua prática não será tão fácil quanto recebê-la. Entretanto, sabemos que valerá a pena. Seus ensinamentos nos livrarão das palavras enganosas e nos conduzirão ao reino dos céus, onde nunca mais haverá amarguras.
Pr. Anísio Renato de Andrade

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