A mulher
samaritana foi buscar água e encontrou Jesus. Momentos de necessidade podem ser
oportunidades de experiências com Deus. O texto de João 4 fala sobre três tipos
de sede, física, emocional e espiritual, relacionadas às três partes integrantes
do homem: corpo, alma e espírito. A mulher buscava satisfação na água do poço,
em vários relacionamentos conjugais e numa forma religiosa de adoração, até
encontrar a fonte de água viva: Jesus.
Apesar do
problema conjugal da samaritana, Jesus não transformou aquele encontro num
momento de aconselhamento sentimental.
Não podemos
negar nossas necessidades físicas e emocionais, mas a fonte da nossa felicidade
é o Senhor Jesus. A verdadeira alegria não vem das coisas materiais. É possível
ser feliz andando de ônibus e estar deprimido no jatinho particular, mas com
Jesus somos sempre felizes, quer sejamos solteiros ou casados, empregados ou
patrões, ricos ou pobres.
Passando pelo
assunto da água e dos maridos, Jesus conduziu a conversa para o tema mais
importante: a espiritualidade, o relacionamento com Deus. O resto seria
consequência.
A religião nos
faz preocupados com lugares sagrados, objetos e aspectos formais do culto, mas
a espiritualidade relaciona-se à essência, ao contato com o Pai, em espírito e
em verdade. Religiosidade é uma lâmpada. Espiritualidade é luz. Religião produz
muito trabalho, semelhante ao esforço para tirar água do poço. A verdadeira
espiritualidade produz santidade, um modo de vida agradável a Deus, fazendo sua
água viva saltar do nosso interior.
A verdadeira
vida espiritual está vinculada ao conhecimento da pessoa de Jesus. Em pouco
tempo, aquela mulher passou por vários estágios de conhecimento:
1-Começou
reconhecendo que Jesus era um judeu (v.7).
2-Desconfiou
que ele pudesse ser maior do que o patriarca Jacó (v.12).
3-Disse que
Jesus era profeta (v.19).
4-Creu que ele
é o Cristo, o salvador prometido (v.25,29).
Buscamos
satisfação em tantos poços, mas Jesus é a fonte da água viva. Se já o
conhecemos, mas ainda nos sentimos espiritualmente fracos, é porque talvez não
estejamos bebendo da água que ele nos oferece. A fonte é inesgotável. Se não
estamos saciados, o problema não está na fonte, mas no recipiente. A água flui
em quantidade suficiente para encher um copo, uma jarra, um balde, um barril,
um caminhão pipa ou uma fila deles. A intensidade da nossa busca determina o
quanto receberemos. Busque ao Senhor por meio da oração, do jejum e da leitura
bíblica. Precisamos buscá-lo não apenas para saciar a nossa sede e suprir
nossas necessidades, mas para sermos lavados, purificados. O propósito de Deus
é que sejamos cheios da água viva, cheios da sua palavra e do seu Espírito
Santo. Em seguida, virá o transbordamento, ou seja, seremos canais da graça e
da unção do Senhor para abençoar outras pessoas. A água viva que Jesus nos dá
torna-se um rio que flui. Poços podem ser entulhados, mas nada pode deter um
rio. Assim, o poder do Senhor fluiu através da samaritana que, deixando o
cântaro, foi pregar na cidade. Deste modo, o cristão torna-se uma influência
transformadora para sua comunidade, povo e nação.
Pr. Anísio Renato de Andrade
Muito bem explicado.
ResponderExcluirGlória a Deus! Palavra de vida eterna.
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