Regras
alimentares mosaicas e suas lições espirituais.
Logo que o
homem foi criado, Deus só lhe permitiu comer alimentos de origem vegetal
(Gn.1.29). A restrição talvez fosse para proteger os animais até que se
multiplicassem. Por outro lado, não faria sentido o sofrimento daquelas
criaturas antes do pecado.
Depois do
dilúvio, Deus permitiu o consumo de carne (Gn.9.3). A regra mudou de acordo com
o propósito divino em cada época. O mesmo ocorreu entre o Antigo e o Novo
Testamento.
No livro de
Levítico, capítulo 11, encontramos uma lei especial para Israel, determinando
os animais que serviriam ou não para se comer. A pureza ou a imundícia de um
animal estava relacionada, geralmente, ao tipo de alimento que ele comia. Os
animais herbívoros eram puros; os carnívoros, principalmente os de rapina, eram
imundos.
Esta é uma
caracterização das aves e dos animais da terra firme, mas havia outros fatores em relação aos seres
aquáticos e insetos.
Aquela
legislação poderia parecer opressora, mas, de fato, tinha o objetivo de
proteger a saúde dos israelitas, evitando contaminações, doenças, epidemias e o
possível extermínio do povo de Deus. Além disso, só os animais puros serviriam
para o sacrifício.
Nós, que não
somos judeus, não estamos sujeitos àquelas leis. Paulo instruiu os coríntios a
comerem todo tipo de carne encontrada no açougue (ICo.10.25).
Entretanto, a
lei de Moisés é palavra de Deus para nós e continua sendo útil para nos ensinar
profundas lições espirituais. As regras alimentares devem ser vistas dentro do
principal tema de Levítico, que é a santificação. A questão dos animais puros
ou imundos nos deve fazer refletir sobre coisas santas e profanas, sobre a
santidade e o pecado. É preciso
observar a diferença entre a sujeira e a pureza, entre as trevas e a luz, entre
o ímpio e o justo (Lv.10.10; Ez.44.23. Mal.3.18).
O israelita
poderia querer comer de todos os animais que encontrasse, mas a lei determinou
limites e parâmetros. Devemos aceitar o "sim" o "não" de
Deus em todas as áreas das nossas vidas. Nem tudo será aceitável diante dele.
Quais seriam
os critérios para definir se um animal era próprio ou impróprio para o consumo
humano? A fome é a regra? O desejo, o apetite, a necessidade? Seria a aparência
do animal? Seria uma questão de experimentar para decidir? Então, o sabor era o
fator determinante? Não. Nem tudo que é gostoso é bom.
Quais são os
critérios que utilizamos para fazer nossas escolhas na vida? Por trás de uma
boa aparência pode haver contaminações invisíveis e perigosas. Deus estabeleceu leis para que os israelitas
sequer experimentassem certos alimentos pois, uma vez instalada, a contaminação
é difícil de ser removida.
Deus
determinou as regras, mas não deu explicações científicas. Ele tem motivos
suficientes para as proibições morais e espirituais que nos ordenou, ainda que
não compreendamos. Não devemos questionar, mas obedecer. Não adianta inventar escapes. Não adiantaria
lavar o animal imundo. A impureza não é superficial. A porca lavada volta ao
lamaçal (2Pd.2.22). Não podemos tornar lícito o que Deus proibiu. Não
adiantaria argumentar que todos os animais foram criados por Deus. É claro que
foram, mas muitos deles têm outros propósitos e não foram feitos para a nossa
alimentação. O camelo é para o transporte. O cão para a segurança. O urubu para
a faxina ambiental.
Em tudo isso,
o mais importante não são as questões alimentares, mas os princípios
espirituais que devem reger as nossas vidas, de modo que não nos contaminemos
com as coisas que Deus proibiu. Que o desejo, a aparência e o sabor não sejam
os parâmetros que determinam os rumos da nossa existência. Quem tem ouvidos
para ouvir, ouça.
não entendi
ResponderExcluirmas #ficaadica
#acrediteemDEUS
leia levítico 11 que vc irá entender melhor.
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